Na primeira leitura, o autor da Carta aos Hebreus continua a encorajar na fé os seus destinatários. Ele ensina que a provação pode parecer dura, pesada, mas ela é fruto do amor. Se Deus nos permite as provações, é para nos fazer crescer na dimensão filial; se nos corrige, é para nos educar. Só quem ama é capaz de intervir em prol do nosso verdadeiro bem, mesmo que isso, a princípio, nos faça sofrer. Ora, nós sabemos, Deus nos ama com amor infinito de Pai e deseja para nós vida e salvação.
No Evangelho, Marcos mostra Jesus em viagens, dentro e fora da Galileia. Começa por ir à sua terra Nazaré e, em dia de sábado, entra na Sinagoga e comenta as Escrituras. Contudo, seu modo de falar e os milagres que realiza diferem dos outros rabis, causando espanto, pois parecem estar em contradição às suas origens, muito humildes. A falta de fé dos seus conterrâneos, não o reconhecendo como o Messias, impede Jesus de fazer entre eles milagres e prodígios, como tinha feito noutras terras. A fé é condição necessária para que Jesus possa atuar e conceder as suas graças. Senhor, temos fé, mas aumenta a nossa fé.
Como encaro os sofrimentos da vida, como castigo ou oportunidade de crescimento, de santificação? Confio que Deus não me abandona, mas se faz solidário em minhas dores e sofrimentos? Por amar as pessoas, e amar Deus nas pessoas, procuro ajudá-las a se corrigirem? Sou acolhedor dos ensinamentos de Jesus ou sou resistente à sua Palavra, aos seus ensinamentos, a ponto de ficar escolhendo só o que me convém?
Senhor, meu Deus, faz-me compreender que as provações são para o meu crescimento, minha conversão. Que eu possa diante delas, crescer na fé e no amor. Abre meus olhos para que eu saiba ver em tudo, o mistério da tua graça, a tua presença e o teu amor por mim. Faz-me também teu instrumento para ajudar os que mais sofrem. Amém.
Pe. Marcelo Moreira Santiago