Esta festa já era celebrada em Jerusalém no século IV. Em Roma, séculos depois, a festa incluía uma procissão até à Basílica de Santa Maria Maior. No século X, começaram a benzer-se as velas.
José e Maria levam o Menino Jesus, quarenta dias depois de seu nascimento, ao Templo de Jerusalém, oferecendo-o ao Pai. Como toda a oferta implica renúncia, a Apresentação do Senhor é já começo do mistério do sofrimento redentor de Jesus, que atingirá o seu ponto culminante no calvário. Maria e José unem-se à oferta do seu divino Filho estando a seu lado e colaborando, cada um a seu modo, na obra da Redenção.
Na primeira leitura, Malaquias fala, profeticamente, de dois mensageiros, um que haverá de preparar a vinda do Senhor e o outro que há de realizar a Aliança. Essas duas figuras são, respectivamente, João Batista e Jesus, o Cristo de Deus. Um é o precursor, o outro é o Messias, o esperado, o filho de Deus. O primeiro, prepara o caminho; já o segundo entra efetivamente no templo, e pela oferta de si mesmo, realiza o sacrifício da nova Aliança.
No Evangelho, vemos o menino Jesus ser apresentado a Deus e revelado a Simeão e a Ana. O velho Simeão, movido pelo espírito de Deus, profetiza dizendo que Israel pode estar descansado, pois a sua história não acaba em vão. Ele reconhece naquela criança o Messias de Deus e o proclama como Salvador e Luz do mundo. Doravante o destino de cada ser humano se decide pela atitude assumida perante ele: Jesus será ruína ou salvação. Aqui acontece algo diferente: nos ritos comuns eram os pais que apresentavam os filhos a Deus em sinal de oferta e de pertença; nesse rito, é Deus que apresenta o seu Filho aos homens, pela boca do velho Simeão e da profetisa Ana.
Esse encontro é símbolo de uma realidade maior e universal: a humanidade encontra o seu Senhor na Igreja. Ali aprendem a conhecê-lo; recebem-no na Eucaristia, como Simeão o recebeu em seus braços; a sua palavra torna-se, aí, para eles, luz e o seu Corpo, na Eucaristia, força e alimento.
Nossa fé em Jesus é luz que ilumina e fogo que aquece? Como busco diariamente me encontrar com o Senhor? Sou obediente às escrituras e aos ensinamentos da Igreja, empenhado em cumpri-los, como em tudo fizeram Maria e José, atentos aos ensinamentos da fé?
Ó Jesus, eis-me aqui para fazer a tua vontade. Quero estar atento em ouvir a tua Palavra, através da Igreja, dos acontecimentos de minha vida e da vida de meus irmãos. Fala, Senhor, que teu servo escuta. Ilumina-me com a tua divina luz e dá-me a graça de refleti-la em bem de meus irmãos e irmãs. Amém.
Pe. Marcelo Moreira Santiago