A experiência contida na Liturgia da Palavra de hoje é singular, refere-se à abertura do coração de cada pessoa e da comunidade à graça de Deus.
Naamã e a viúva de Sarepta são símbolos expressivos que contrapõem ao povo que se fecha e não houve a voz dos profetas enviados à época de cada um desses personagens bíblicos. Ambos são atingidos pela graça de Deus à medida que se abrem à novidade da palavra dos profetas Elias e Eliseu. Ao povo que fecha, o Senhor permanece em silêncio.
No Evangelho, quando Jesus cita esses dois personagens diante dos frequentes na Sinagoga quer, sobremaneira, fazer menção à dureza de seus corações que não o recebem, não acolhem sua Palavra viva, mas ao contrário, conseguem se fechar a tal ponto que expulsam o Senhor de suas vidas e morrem de sede ao lado da fonte.
A abertura de nossos corações à proposta do Evangelho evita que expulsemos Jesus de nossas Igrejas quer sejam as comunidades eclesiais, quer sejam as igrejas domésticas, quer seja o templo de nossos corações.
Fiquemos atentos para que nossos corações não endureçam e que as práticas da caridade, do jejum e da oração não se tornem simples descarrego de nossas consciências, mas que sejam sinal de nosso encontro fecundo com Jesus, gerando em nós a cura de nossos males pessoais e sociais.
Pe. Jean Lúcio de Souza.