As leituras desta semana convergem todas para Jesus, apontando-o como Aquele que desde sempre e para sempre fora o escolhido de Deus para ser a luz das nações e a fim de que a salvação de Deus, a salvação do amor, chegue até aso confins da terra. O Deus de Jesus se revela como proteção e esperança, mas numa perspectiva diametralmente oposta ao que esperavam os Judeus da época do Senhor. Não se trata de um reinado potente e temido pelo seu poderio bélico, pela sua capacidade de impor-se por armas e estratégias, mas propor-se com amor e liberdade, expressando-se na bondade e na vida doada. Esse amor movia Jesus e o fazia comover-se e testemunhar o Pai. Mas rivaliza com o amor de Deus a tendência humana de negar-se ao amor, traindo-o na mente e no coração, dando espaço à tentação que nos desvia do coração de Deus fazendo-nos sobrepor nossos planos aos planos de Deus. Mas Deus sempre age com misericórdia, e isto testemunha Jesus: mesmo traído, não abandona o amor e, em nome do Pai, e assumindo seu lugar, chama seus discípulos de filhinhos, confirmando seu gesto de compaixão prestes a passar por sua paixão. Diante desse fato, não podemos ficar insistindo em respostas rápidas e atitudes imediatistas, como fez Pedro, sem levar a sério nossas tendências a negar a Deus. É necessário confiar e aplicar-se, disciplinadamente, na conversão do coração.
QUESTÃO NORTEADORA: (para ser respondida mais com o coração e a vida do que com a razão e o pensamento)
ORAÇÃO: Ó Deus, que nos concedeis em vosso amor contemplar a glória de vosso Filho no sacrifício ao qual ele se entregou, volvei nosso coração para a verdadeira conversão, ao final destes exercícios quaresmais e iniciando agora o mistério da paixão, morte e ressurreição de vosso Filho. Não nos falte fé nesta semana para renovarmos no Cristo nosso amor filial, pelo mesmo Cristo e Senhor nosso, amém.
Diác. Robson Adriano F. D. e Silva