Celebramos a memória da Virgem Maria, invocada a Senhora de Fátima, recordando as aparições da Mãe de Deus aos pastorzinhos Jacinta, Lúcia e Francisco. Renovemos nossa confiança na proteção e intercessão da Mãe do céu, acolhamos seu pedido para rezar o terço (Rosário) pela conversão dos pecados e pela paz mundial. Empenhemo-nos em nos guardar à luz de seu Imaculado Coração, propagando, com a palavra e a vida, essa devoção.
A partir do capítulo 16 do livro dos Atos dos Apóstolos, São Lucas centra a sua atenção na atividade missionária de Paulo. O texto que escutamos hoje apresenta-nos a segunda viagem missionária do Apóstolo, já sem a companhia de Barnabé. Mas Paulo não parte sozinho para a nova viagem, mais alargada que a primeira. Vai com Timóteo, seu discípulo, que lhe permanecerá sempre fiel. Para evitar conflitos com os judeus, fez com que ele fosse circuncidado, embora reconhecesse que isso não era necessário. O Espírito Santo é o guia dos missionários, inclusive indicando-lhes que rota tomar. Ele é o grande protagonista da evangelização. É bonito contemplar na ação missionária de Paulo essa disponibilidade à ação do Espírito. Um exemplo sempre atual. É o Espírito Santo que conduz a Igreja e a sua ação missionária
O evangelho lembra-nos que “o servo não é mais que o seu senhor” (v. 20). Não devemos espantar-nos se, ao nosso lado, verificarmos indiferença e hostilidade. É sinal de que somos fiéis a Cristo perseguido e à sua palavra de cruz. Não devemos entrar em crise se muitos não pensam como nós, se nos atacam por todos os meios antigos e modernos. A fé é sempre algo fora de moda. Por isso, deve ser procurada e vivida na oblatividade, que consiste no apelo à cruz, ao sacrifício, a saber amar, à justiça paga com a própria pele. A hostilidade, mais ou menos aberta, do mundo que nos rodeia, não deve levar-nos a um testemunho “soft”, a abaixar o nível das exigências da fé, ou a silenciar o que mais compromete ou é impopular. Fortalecidos pela presença de Cristo e dóceis ao seu Espírito, devemos empenhar-nos em denunciar o pecado, em trabalhar para que o nosso mundo atual, com as suas forças, os seus dramas, se abra ao Reino de Deus.
Sou atento à voz de Deus, aos seus apelos para a minha vida? Tenho ardor em levar o evangelho, a Palavra de Deus, a todos os que Deus me confia? Sou perseverante na fé, sobretudo diante das dificuldades e provações da vida?
Ó Jesus, peço-te que me ajudes a viver como Tu queres, no meio das dificuldades produzidas pela hostilidade do mundo. Que jamais me acovarde quando for preciso dar testemunho de Ti. Que jamais me falte a coragem perante as reações que vêm do fato de eu dizer o que Tu mesmo dirias e de fazer as coisas que Tu mesmo farias. Que a hostilidade do mundo jamais me leve a diluir a tua mensagem e o testemunho que devo ao teu santo nome. Amém.
Pe. Marcelo Moreira Santiago