Caros irmãos e irmãs,
Nesta primeira sexta-feira do mês de junho que dedicamos ao Sagrado Coração de Jesus surge-nos duas perguntas a partir da Santa Liturgia da Palavra: qual o tempo de darmos frutos? Quais frutos trazemos em nossas mãos?
A vivência da fé não pode ser morta e deve frutificar em expectativa da missão a qual fomos chamados a viver e desenvolver no chão deste mundo, através do Batismo.
Frutificamos neste dia, enquanto ainda se disser hoje e nesta animação, vamos uns contemplando a bondade dos outros em frutos de amor ligados à videira. A verdade é que o tempo certo de frutificar em boas obras é o tempo todo. Estarmos vigilantes à ação de nossas mãos e aos nossos sentimentos é de suma importância para compreendermos, que, de uma hora para outra o Senhor virá e olhará para nós. Ele haverá de nos pedir frutos agradáveis ao paladar da existência. Que havermos de Lho entregar?
O tempo é hoje. Não mais. Não menos, afinal, como diz o popular, o ontem já foi e o amanhã é incerto. Vivamos o hoje.
Ao lado do Senhor os frutos são variados e de uma fecundidade e expressividade inigualáveis.
Frutificamos no perdão rogado e no perdão oferecido porque é assim que o Senhor deseja que nos perdoemos para sermos perdoados. O fruto do perdão consagra na vida humana a expectativa de pessoas melhores.
Frutificamos na confiança que brota da oração que edifica o Reino de Deus.
Frutificamos no zelo pela casa do Senhor. Ah o Senhor que escolheu o lugar do culto comunitário, mas do culto pessoal, o respeito pelo templo é o respeito pelo outro onde habita Deus. Zelamos dos templos físicos sem perder de vista os templos que somos, habitação do Senhor. Um fruto lindo e perfeito.
Frutificamos na misericórdia e em suas obras. A misericórdia é a libertação dos corações angustiados.
Frutificamos na bondade: a bondade não esquece ninguém e não será esquecida jamais.
Frutificamos na fidelidade à Aliança Eterna perpetuada em nossos altares que nos fora comunicada e deve ser comunicada à nossa descendência.
Aos que assim frutificam, jamais serão esquecidos e seus frutos permanecem na história.
Pe. Jean Lúcio de Souza