Esta cena do Evangelho é encantadora. Enquanto todos evitavam os leprosos, Jesus acolhe o símbolo da impureza e da exclusão social. Alguém que vivia à margem de tudo e de todos, esquecido, vilipendiado e chagado. Esse leproso é símbolo do abandono e do descaso.
Jesus o acolhe. Ele para ouvir o leproso que pede não somente a cura do mal físico, mas a cura da pessoa inteira e o retorno de sua dignidade humana.
Que lindo o pedido do leproso, “Senhor, se queres, tens o poder de me curar”. Que confiança e ao mesmo tempo que tamanha resignação. Quase, a exemplo da Paixão do Senhor, que exclama ante os tormentos da entrega – não seja feita minha vontade, mas a do Pai – o leproso reza o Pai Nosso de modo antecipado – seja feita a Tua vontade. É fascinante essa confiança, esperança e entrega.
A tudo isso Jesus não se furta – Eu quero, fica curado – a cura total. Vai e volta por meio dos seus, você está livre.
O episódio de hoje pode querer nos ensinar as expressões de confiança e resignação, de confiança e esperança. Quando confiamos basta-nos o dizer simples (se queres), não há multiplicidade de palavras, Deus já sabe do que precisamos. Ouve... apenas ouve e lança sobre nós toda sua misericórdia acolhedora, que resgata, liberta e cura.
Caros amigos e amigas, neste último dia do marco do meio do ano de 2023, entreguemos ao Senhor todas as nossas vidas, como nossas dores e alegrias e Ele haverá de dizer sempre, aos nossos simples e pequeninos corações, carentes do lenimento do bálsamo do Seu amor... Eu quero, recebo e aceito, toda sua história e vida.
Fique aqui comigo...
Pe. Jean Lúcio de Souza