Na tradição de um povo nômade, que não tinha lugar definido, e vivia em caminhada, a acolhida e a hospitalidade eram uma demonstração de misericórdia e solidariedade. Assim como Abraão acolheu os três os três homens que representavam a Trindade Santa, somos convidados a ter em conta a amizade com a qual Deus nos conquistou e abrirmos o coração para acolhê-lo e tornar nossa vida hospitaleira dos Dons de Deus. Essa postura abre-nos para o s milagres que Deus quer operar em nossa vida, assim como operou na vida de Sara, ainda que ela houvesse duvidado. Isso porque Deus sempre se lembra de sua bondade (Salmo) e, estando diante de nossa pequenez, sacia-nos com seu amor de geração em geração.
Não podia ser diferente com Jesus que, em nome desse Deus generosamente bom e fiel, tomou sobre si nossas dores e carregou nossas enfermidades, sendo o pecado, a pior delas. E assim cativou para Deus os cativos desse pecado e foi capaz de elevar os caídos e acolher até mesmo a fé daqueles que não faziam parte direta da mensagem de salvação (O oficial romano do Evangelho de hoje). É parafraseando este oficial romano que nos expressamos em toda eucaristia (diante do milagre maravilhoso do amor doado em pão transformado em corpo, e vinho em sangue do Senhor): não sou digno de entreis em minha morada. Ainda indignos, o amor de Deus se impõe sobre nossas misérias e quanto mais se doa a nós mais nos revela o Dom de seu amor.
Nossa fé seja firme, constante, acolhedora e hospitaleira.
QUESTÃO NORTEADORA: (para ser respondida mais com o coração e a vida do que com a razão e o pensamento)
Temos praticado a hospitalidade e a acolhida em nossa prática e vivência religiosa?
ORAÇÃO: Ó Deus que sempre nos conduzis com amor e misericórdia, ensinai-nos sempre o dom da hospitalidade a fim de acolhermos em nossa vida o bem que recebemos de vós e devemos, gratuitamente, devotarmo-nos uns aos outros, amém.
Diác. Robson Adriano F. D. e Silva