Nossa vida é repleta de inúmeras dificuldades e desafios que exigem de nós força e perseverança. Somos humanos e normalmente tendemos a nos cansar, a nos fatigar. Essa é nossa condição. Uma condição abraçada por Deus em seu Filho Jesus. Quando assumiu nossa humanidade, por amor complacente, Deus se faz mais uma vez Aquele-que-é e revelou-se, como sempre, Deus de Abrãao, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó, ou seja, um Deus de história com seu povo e não apenas uma ideia de Deus que podemos jogar para lá e para cá em argumentos, contradições e discussões. Este Deus, vivente e real, que se evolveu e se envolve em nossa história não moveu a criação e abandonou-a ao joguete de seus próprios caprichos. Não! Esvaziou-se a si mesmo, assumiu em seu Cristo nossa humana condição, e na compaixão de seu Filho pelo povo, renova constantemente a compaixão por todos os que o teme.
Vinde a mim todos vocês que estão cansados e fatigados sob o peso de vossos fardos. Quem de nós não está? Os que confiam nas riquezas? Os que confiam somente nos prazeres? Os que confiam na honra ou no prestígio? Vã ilusão se confiar nessas quimeras, pois cedo ou tarde a nossa condição nos revela sua fraqueza, e se os nossos olhos não aprenderam a contemplar a verdade, nem nossos corações a se inclinar para o bem, quem nos poderá dar descanso e aliviar nosso peso?
Não tenhamos dúvidas: não há descanso fora da mansidão e peso algum do labor se torna leve ou suave sem a virtude da humildade. Aprendei de mim, por que sou manso e humilde de coração, diz o Mestre. A mansidão abre caminhos de ternura e consideração. A humildade abre as portas da convivência e da valorização fraterna. Tanto é assim que o próprio Filho Bendito de Deus se declarou manso e humilde de coração. E sabemos que a metáfora do coração é a metáfora do homem inteiro, do ser humano inteiro. Do coração manso e humilde do Senhor transborda mãos solidárias, que afagam e corrigem; pés firmes que caminham na direção dos necessitados, sem se cansar; vistas atentas para compadecer-se do povo, pois assim é como também agiu e sempre agirá seu Pai que o enviou.
Quando compreendemos tudo isso, dando graças ao Senhor por seus inúmeros benefícios, entendemos que não podemos romper a corrente do Bem: nos amando, Deus nos enviou seu Filho que, nos amando enviou-nos em missão a fim de que amando-nos uns aos outros o Espírito faça tudo e todos n’Aquele que foi-é-e-continuará-sendo ontem, hoje e sempre, amém. Só Deus é mesmo assim.
QUESTÃO NORTEADORA: (para ser respondida mais com o coração e a vida do que com a razão e o pensamento)
ORAÇÃO: Ó Deus, que nos mostrais a luz da verdade quando erramos, fazei-nos sempre retornar ao bom caminho dando aos que professamos a fé em vós, rejeitar o que não convém aos cristãos e abraçar tudo o que é digno desse nome, amém.
Diác. Robson Adriano F. D. e Silva