Em mais um episódio teofânico (da manifestação divina) Deus se revela a Moisés e a seu Povo a fim de conquistar deles a confiança e a fidelidade. Manifesta sua grandeza e seu poder, e na simbólica do terceiro dia prenuncia a ressurreição do Senhor que apresentará a derradeira manifestação sagrada de Deus consagrando todos os que creem na unção do Espírito. O dia em que o Emanuel, Deus conosco, se fez presente como nunca em seu Cristo, e andou com nossas pernas, olhou com humanos olhos, tocou com humanas mãos, dormiu com humano sono, viveu nossa humana condição, é o dia que profetas e todos os justos da Antiga Aliança desejaram ver e ouvir, e não tiveram a oportunidade.
Aos Apóstolos, que nos legaram a fé, foi concedida esta graça, mas ainda assim houve coração que se tornasse insensível a ponto de Cristo mencionar: “Porque o coração deste povo se tornou insensível. Eles ouviram com má vontade e fecharam seus olhos para não ver com os olhos nem ouvir com os ouvidos, nem compreender com o coração, de modo que se convertam e eu os cure.”
E quando o coração se torna insensível, não há conversão, nem há cura, pois o amor de Deus opera a partir da liberdade de um coração conquistado e nunca a partir de uma obrigação imposta. Era o que Jesus queria dizer aos seus discípulos quando se referia às suas parábolas. Elas não contêm um argumento teológico a ser analisado pela inteligência, mas uma mensagem simples dirigida com amor a corações amorosos conquistados por Deus. Não se trata de enigmas, mas de um convite à livre aceitação de um projeto que implica a vida inteira... aqui e além.
QUESTÃO NORTEADORA: (para ser respondida mais com o coração e a vida do que com a razão e o pensamento)
ORAÇÃO: Ó Deus, sede generoso para com os vossos filhos e filhas e multiplicai em nós os dons de vossa graça, para que repletos de fé, esperança e caridade guardemos fielmente os vossos mandamentos, amém.
Diác. Robson Adriano F. D. e Silva