Na primeira leitura, vemos a inserção de Rute, uma estrangeira, viúva e migrante, numa família israelita, graças ao Matrimônio celebrado com Booz, parente de Noemi sua sogra. Aqui se destaca a força moral desta mulher que encantou Booz ao saber do que ela havia feito, como prova de amor, em favor de Noemi (v. 11). O texto para além de realçar a figura de Booz e de Rute, cuja descendência continua no filho que o Senhor lhe concedeu, também realça Noemi, mulher bendita pelo seu povo. A sua vida e a de sua nora são prova do amor fiel e da presença atuante de Deus no meio de seu povo. Quem faz o bem, vive com coerência e humildade, jamais será esquecido por Deus.
No Evangelho, Jesus previne a multidão e os seus discípulos contra o perigo que o Evangelho sempre corre na história: de haver um distanciamento ente o dizer e o fazer, entre o ensinamento e o testemunho. Aqui, Jesus denuncia a hipocrisia dos fariseus e escribas, pois gostam de serem vistos, elogiados, reconhecidos, fazem tudo para serem notados (V. 5-7). Entre os seus, não deve ser assim. O ensinamento para nós é claro: devemos nos empenhar em acolher e em colocar em prática os seus ensinamentos, agindo com humildade e espírito de serviço, sem buscar os holofotes do mundo, pois "Quem se exaltar será humilhado e quem se humilhar será exaltado" (v. 12).
Reconheço a ação de Deus nos fatos corriqueiros de minha vida? Vivo com humildade, espírito de serviço e coerência a vida e a missão que Deus me confia? Pratico a minha fé, ou falo mas não faço? Em que preciso melhorar?
Senhor, meu Deus, acende em mim a chama da caridade para que amando-Te em tudo e acima de tudo, eu possa fazer sempre a Tua vontade e não a minha. Que com humildade e constância, atento aos teus ensinamentos, eu possa correr ao encontro das tuas promessas que superam todo desejo. Amém.
Pe. Marcelo Moreira Santiago