Nesse domingo, dentro do mês vocacional, recordamo-nos dos fieis cristãos leigos e leigas, especialmente dos catequistas e de todos os servidores das comunidades. A todos, nosso muito obrigado, Deus os abençoe.
A primeira leitura mostra como se deve concretizar o "poder das chaves". Aquele que detém este poder não pode ser desonesto, não pode usar a sua autoridade para concretizar interesses pessoais e para impedir aos seus irmãos o acesso aos bens eternos. Pelo contrário, deve exercer o seu serviço como um pai que procura o bem de seus filhos, com solicitude, com amor e com justiça. Sejamos bons administradores de tudo aquilo que o Senhor nos confiou.
A segunda leitura é um convite a contemplar a riqueza, a sabedoria e a ciência de Deus que, de forma misteriosa e às vezes desconcertante, realiza os seus projetos de salvação do ser humano. A este, e assim a nós, resta se entregar, confiantemente, nas mãos de Deus e deixar que seu espanto, reconhecimento e adoração se transformem num hino de amor e de louvor ao Deus salvador e libertador. Pois "tudo é d'Ele, por Ele e para Ele. A Ele a glória para sempre. Amém" (v. 36).
O Evangelho convida os discípulos a aderirem a Jesus e o acolherem como "o Messias, o Filho do Deus vivo" (v. 16). Dessa adesão, nasce a Igreja - comunidade dos discípulos de Jesus, convocada e organizada à volta de Pedro. A missão da Igreja é dar testemunho da proposta de salvação que Jesus veio trazer. À Igreja e à Pedro é confiado o poder das chaves, ou seja, de interpretar as palavras de Jesus, de adaptar os seus ensinamentos aos desafios do mundo e de acolher na comunidade todos aqueles que aderem à proposta de salvação que Jesus oferece.
Administro bem os dons e bens que Deus me confia? Reconheço as maravilhas do amor de Deus em meu favor e de meus irmãos e irmãs? Minha vida é um louvor permanente ao Senhor? Dou testemunho de que Jesus é o Messias, o Filho de Deus, em comunhão com a Igreja, ou vivo como ovelha desgarrada?
Senhor, meu Deus, dai-me a graça de amar o que ordenais e de esperar o que prometeis para que na instabilidade desse mundo, eu venha a fixar o meu coração onde se encontram as verdadeiras alegrias. Amém.
Pe. Marcelo Moreira Santiago