Hoje, celebramos a memória de São Raimundo Nonato. Ele nasceu na Espanha em 1204 e lá faleceu em 1240. Quando jovem ingressou na Ordem dos Mercedários. Ordenado presbítero, empenhou-se principalmente na libertação dos escravos. Sua presença missionária nos inspire a anunciar o Evangelho a todas as pessoas que vivem distantes de Deus. Por causa da extrema dificuldade vivida em seu nascimento, São Raimundo Nonato passou a ser venerado pelos fiéis como Padroeiro dos nascituros, isto é, dos bebês que estão para nascer, das gestantes na hora do parto, das Parteiras e dos Obstetras.
Na primeira leitura, Timóteo, regressado de Tessalônica, traz notícias a Paulo sobre os progressos dessa comunidade na fé. O Apóstolo, que andava angustiado, recupera a alegria, tal como acontece com um pai, que temendo o pior para os filhos, vem a saber que estão bem. Mas nem por isso ele desiste do desejo de visitar pessoalmente a comunidade, com quem interrompera o diálogo, quando teve de abandonar precipitadamente a cidade, por causa da hostilidade dos judeus. Paulo expressa o seu amor pela comunidade, dizendo encontrar-se inquieto, noite e dia, por causa do bem que quer àqueles que a Palavra tinha regenerado para a vida da graça. Ele põe tudo nas mãos de Deus, dando graças e intercedendo pelos seus amados Tessalonicenses, exortando para que cresçam na caridade e na santidade. A nós também é dirigida essa exortação, para que possamos “permanecer firmes no Senhor” (v. 8), ou seja, progredir na fé e no amor, na espiritualidade e em humanidade. Este é um ideal a alcançar com a graça de Deus, mas também com os esforços de cada dia, com perseverança e entusiasmo. Mãos à obra!
No Evangelho, temos a Parábola do servo ou do administrador. Trata-se de um discurso escatológico que de modo algum é para assustar, mas que, pelo contrário, visa encorajar. O mundo e a história caminham, não para o fim, mas para a plena realização. Haverá catástrofes, mas abrir-se-á uma nova beleza, de vida plena. É nesse contexto que Jesus exorta à vigilância: “Vigiai” “estai preparados”. De fato, a vinda do Senhor é certa, mas a hora é incerta. Devemos ser servos bons e prudentes (v. 45). O mau servo (v.48) aproveita da ausência do dono para desperdiçar os bens e maltratar os companheiros. Naturalmente terão fins diferentes quando o dono regressar. A parábola não deixa de ser um alerta para nós. O tempo de fazer o bem e agir com prudência é agora.
Pratico a caridade e busco a santidade de vida? Sou perseverante no bem e firme na fé? Administro, como se deve, os dons e bens que Deus me confia, diante da missão, que a cada dia, Ele me confere? Sou vigilante diante dos apelos de Deus, atento em tudo para fazer a sua santa vontade? Em que preciso melhorar?
Senhor, meu Deus, quero Ti agradecer porque me cumulaste de bens e confiaste aos meus cuidados tantos irmãos e irmãs. Obrigado, Senhor, por teres confiado em mim. Administrar em teu lugar não é fácil, ajuda-me, Senhor, a cumprir, fielmente, a minha missão. Amém.
Pe. Marcelo Moreira Santiago