A cena do Evangelho de hoje chama-nos muito a atenção, os fariseus criticam por criticar ou querem usar a religião para condenar, ferir e matar? Seria um mero ato ou por trás estaria velada outra intenção?
É claro que existem outras intenções! Nenhuma crítica está isenta de um desejo subliminar qual seja a crítica pela crítica ou o desejo de prejudicar.
Essa insistente crítica farisaica sempre presente em todos os cantos do mundo, ainda pode estar presente, e não nos iludamos, incluindo nossos ambientes eclesiais.
A fome não poderia cessar num dia de sábado? Pelo simples fato de a Lei dizer “não”?
Estranhamente quase toda ação social da Igreja ou que ocorre através da Igreja não é bem vista por alguns fariseus de plantão. A liberdade racional será prejudicada todas as vezes que ante os fatos da existência humana não formos capazes de pensar na realidade de que Jesus é o Senhor de tudo, sobremaneira da vida e da morte.
Que seria permitido fazer então? Deixar morrer de fome? Não lutar contra as realidades sociais de destruição do ser humano escondendo atrás do discurso de que isso ou aquilo é política e a Igreja não deve se envolver?
Pensemos nisso: o que não é permitido é ter fome. O que não é permitido é não haver saúde, não haver educação de qualidade e redução da criminalidade. O que não é permitido é não termos um compromisso sério com a vida em todos os momentos e situações da existência humana...
O Filho do Homem é o Senhor do sábado. Ele é Senhor de tudo e todos...
Pe. Jean Lúcio de Souza