A experiência do pecado é, em nossa humanidade, universal e explícita, ou seja, faz parte constitutiva de nossa humanidade e está sempre diante de nós. Sempre nos assalta como um estranho que se tornou, à medida que nos afastamos de Deus, um companheiro de viagem em nossa travessia deste mundo para a casa do Pai. Assim nos tornamos estranhos em nossa própria casa, fechamos os ouvidos à voz de Deus e o coração à sua verdade; nossas mãos não edificam o bem, nossos pés vagueiam por tortuosos caminhos, errantes vamos perecendo de fome e sede ladeando a fonte viva de água e o pão sublime que nos podem saciar. Bem assim era lamento de Baruc que acusava a todos, indistintamente (reis, príncipes, profetas, sacerdotes... todos os homens de Judá), de desobediência; de não viver segundo os preceitos do Senhor.
Mas há outra experiência universal e mais verdadeira ainda, e ainda mais explícita que o pecado: o amor de Deus que nos permite ser e viver; o amor de Deus que nos resgatou da força do pecado e nos remiu para si. E outro fato explícito: este amor está acessível a todos, pois é da natureza do Senhor agir com misericórdia e compaixão! Baruc, então, leva o povo a reconhecer a causa de seus males: afastar-se do Senhor! Jesus também demonstra aos seus a causa de seus desvios: negar as maravilhas que foram reveladas por seu Pai quando o enviou para nos resgatar.
O que nos resta, além de pedir ao Senhor que não leve em conta nosso pecados e transgressões e que nos ajude a sair do lamaçal a que o pecado nos coloca? Simples: crer no nome daquele que Deus nos enviou, não nos afastando de seu amor por nós que nos resgata a cada instante.
QUESTÃO NORTEADORA: (para ser respondida mais com o coração e a vida do que com a razão e o pensamento)
ORAÇÃO: Deus de misericórdia, que mostrais vosso amor sobretudo no perdão e na misericórdia, derramai sempre em nós a vossa graça, para que caminhando ao encontro de vossas promessas cresçamos na fé, na esperança e na caridade, amém.
Diác. Robson Adriano F. D. e Silva