O profeta Isaías apresenta Israel com a metáfora da vinha que tendo sido cuidada, regada e bem cultivada, gerou frutos azedos, contrariando as expectativas do vinhateiro. Então ele decide entregar a vinha para o destino daquelas vinhas que não produzem uvas de verdade: a destruição. Na verdade, o profeta quer sensibilizar Israel para o fato de que Deus, com zelo eternal, cuidado e mãos fortes, esperava de seu povo fidelidade, mas recebeu o contrário: injustiças, infidelidade e iniquidades. Seu amor não foi suficiente para convencer seu povo a endireitar seus caminhos e gerar bons frutos na fidelidade.
Ainda mais grave se tornou a conduta dos sacerdotes da época de Jesus e dos anciãos do povo, pois a parábola demonstra que, como não bastasse trair o amor de Deus, ainda tiraram a vida do próprio filho que Deus havia enviado para resgatar sua vinha perdida. O coração deles ainda permanecia duro. Deus, então, decide tirar a vinha das mãos desses e entregá-la a outros. Estes outros são, em primeiro lugar os Apóstolos e, consequentemente, todos os discípulos que seguiram aos Apóstolos, até os dias de hoje. Pertencemos a essa linhagem de pessoas que fazem parte da nova chance dada por Deus para produzirmos bons frutos.
Para tanto, devemos apresentar a Deus nossa maior necessidade: a de produzirmos bons frutos no amor, ocupando-nos com tudo que é verdadeiro, respeitável, justo, puro, amável, honroso, virtuoso e digno de louvor. Somente assim não decepcionaremos a Deus, mas seremos a alegria de seu coração. Eis nossa verdadeira conversão, não somente da mente, mas sobretudo do coração.
QUESTÃO NORTEADORA: (para ser respondida mais com o coração e a vida do que com a razão e o pensamento)
ORAÇÃO: Ó Deus eterno e todo amoroso, que nos concedeis no vosso imenso amor de Pai, mais do que merecemos e pedimos, derramai sobre nós a vossa misericórdia, perdoando o que nos pesa na consciência e dando-nos mais do que ousamos pedir, amém.
Diác. Robson Adriano F. D. e Silva