Guardamos esse dia, como primeira das sextas feiras do mês de novembro, devotado ao Sagrado Coração de Jesus. Ele se doou na cruz para a vida e salvação de todos nós. Cultivemos, no seguimento a Ele, um coração generoso para amar, servir e perdoar.
Hoje também celebramos a memória de São Martinho de Lima. Ele nasceu em 1579, no Peru e veio a falecer em 1639. Foi enfermeiro e barbeiro antes de ingressar na Ordem Terceira Dominicana. Ali também colocou esses dons a serviço, aliada a uma vida intensa de oração, contemplação e atividade caritativa. A seu exemplo, aprendamos a pôr nossos dons a serviço, sobretudo em favor dos mais necessitados e pobres.
O apóstolo Paulo, escrevendo aos romanos, abre o seu coração, para dizer de “uma grande tristeza e uma dor continuada” que enfrenta. Ele fala dos israelitas/judeus, povo por Deus escolhido, ao tempo da promessa no Antigo Testamento, mas que agora, na plenitude dos tempos, se recusa a aceitar Jesus, reconhecendo-o como o Messias Salvador. Também nós, com nossas atitudes por vezes incoerentes aos olhos da fé, corremos o risco da incredulidade e de nos manter, assim, longe de Deus. Somos exortados à conversão e à vivência mais profunda da fé, no seguimento fiel a Jesus Cristo, tornando nossa vida, sob a ação do Espírito Santo, um hino permanente de louvor ao Senhor.
No Evangelho, os mestres da lei e os fariseus ficaram em silêncio diante da cura que Jesus realizou na vida de um hidrópico, ou seja, de uma pessoa acometida de uma doença que consiste no acúmulo de água no corpo. Jesus não escolhia dia, hora e nenhum lugar para fazer o bem, para ajudar quem o procurava e também para ir ao encontro dos necessitados, mesmo que fosse em “Dia de Sábado” que, segundo a lei, uma vez consagrado ao Senhor, não se podia fazer nada. De fato, o sábado está para a pessoa e não a pessoa está para o sábado. À semelhança de Jesus, devemos, também nós, assim agir: testemunhar a nossa fé, com obras boas, a todo instante, e não deixar para depois o bem que deveríamos fazer hoje. Observar a lei é amar a Deus, qual fundamento da fé, expresso no amor-serviço aos irmãos e irmãs.
Vivo a minha fé com docilidade, acolhendo a Palavra de Deus e colocando-a em prática, sobretudo à luz do preceito da caridade? Trago em mim a compaixão de Jesus, diante das dores e sofrimentos de meus irmãos e irmãs? Faço escolhas para fazer o bem ou procuro fazê-lo a todo momento e sem olhar a quem? Em que a Palavra ouvida e meditada pode mais me ajudar?
Senhor, meu Deus, revesti meu coração das virtudes do Coração de vosso Filho. Infamai o meu coração com o seu amor para que, em tudo, eu seja obediente à Tua santa vontade e, à todo instante, seja instrumento do Teu amor que liberta e salva, que reconduz à vida. Amém.
Pe. Marcelo Moreira Santiago