Celebramos hoje a memória de Santa Águeda, virgem e mártir. Ela nasceu na Itália, no século 3º e consagrou-se a Cristo pelo voto da virgindade. Ainda muito jovem sofreu o martírio durante as perseguições aos cristãos ao tempo do imperador Décio. A seu exemplo, sejamos corajosos e perseverantes na fé.
Na primeira leitura vemos como a inauguração do Templo de Jerusalém marca uma data importante da história bíblica. Completa-se, assim, a história começada com a promessa de Deus no Sinai: “Construir-me-eis um santuário, para que resida no meio deles.” (Ex. 5,8). O povo de Israel constituiu-se à volta da Aliança, de que a arca é a memória itinerante. A arca peregrinou com o povo no deserto. Ao entrar na Terra Prometida, foi instalada sucessivamente em Guilgal, em Siquém e em Silo. Acompanhou o povo nas batalhas contra os seus inimigos e caiu nas mãos dos filisteus. Davi a recuperou e levou-a para Jerusalém. Hoje, finalmente, ela entra no templo. É esta história que o templo encerra, no sinal da arca. O mistério da presença de Deus no meio dos homens que atingirá a sua máxima expressão na Encarnação, quando Deus vem viver pessoalmente no meio de nós (Jo 1, 14).
No Evangelho, Jesus acaba de atravessar o lago de Genesaré e todos os que se reconhecem necessitados de salvação dirigem-se a Ele. Diante de Jesus são expostas as misérias humanas. As pessoas não se deixam dominar pela vergonha, mas agem com confiança, percebendo que a mensagem do Evangelho não era algo de abstrato, de puramente filosófico, mas que implicava a melhoria da sua situação. Intuindo que Deus estava com Jesus, acorriam a Ele para se verem livres de todos os males: “E todos quantos o tocavam ficavam curados” (v.56). Também precisamos de cura. Deixemos nos encontrar por Ele e procuremos tocar n’Ele, especialmente através de sua Palavra e da Eucaristia, para ficarmos curados.
Acredito na presença de Deus em minha vida e na de meus irmãos e irmãs? Deixo-me tocar por Ele? Como tenho respondido ao seu amor primeiro por mim? De que “curas” estou precisando?
Senhor Jesus, o teu corpo é o verdadeiro templo, onde Deus se encontra conosco e nós podemos nos encontrar com Ele. Tu és a presença divina estabelecida para sempre no meio de nós, o Verbo de Deus, igual ao Pai e, simultaneamente, homem como nós, acessível e cheio de bondade. Tu és o novo templo inaugurado, não com festas de triunfo e sacrifícios de animais, mas com o sacrifício de si mesmo que Te levou a morrer na cruz para a nossa salvação. Glória a Ti, Senhor Jesus! Glória a Ti para sempre! Amém.
Pe. Marcelo Moreira Santiago