- Jesus não foi “elevado” só na cruz, no final de sua missão, mas viveu sempre “elevado” porque desceu ao mais profundo de sua humanidade e da humanidade dos outros.
- “Ser elevado” significa que Ele foi humano por e que toda a sua humanidade foi atravessada pelo divino.
- Ele se fez pobre e humilde servidor, descendo ao “húmus” da vida e aí deixando-se, em tudo, conduzir pelo Pai.
- Jesus viveu a elevação em todos os momentos de sua vida, porque sentia envolvido pela presença misericordiosa e providente do Pai.
Pedido de graça da semana:
Senhor, inspirado em sua presença misericordiosa,
possa reacender em meu coração
uma “faísca” desta sua misericordiosa.
“Quando tiverdes levantado o Filho do homem
Então sabereis que ‘Eu sou’” (Jo 8,28)
- Aqueça o seu coração para entrar em intimidade com o Senhor que sempre vem ao seu encontro. Tome distância dos ruídos cotidianos... faça silêncio em seu interior... mobilize seu corpo, seus sentimentos, sua memória e vontade para “elevar-se” no fluxo da graça divina... alimente em você o desejo de escutar atentamente à Palavra de Deus...
- A elevação de Jesus diz respeito a todos nós.
- No primeiro, experimentamos a elevação quando descemos ao mais profundo de nossa humanidade, ás raízes de nossa existência.
- Em Jesus, Deus assume tudo o que é humano em nós e ilumina, plenifica.
- Seguir Jesus nos faz viver com os pés plantados no chão da vida e da história e, ao mesmo tempo, nos faz transcender, romper fronteiras, ir além de nós mesmos.
- No segundo movimento, já estamos despertados pelo mistério da “elevação de Jesus”...
- “Elevar-se com Jesus” nos move a reforçar os laços, a alimentar a comunhão, a viver a cultura do encontro.
- Então, minha gente, o desafio está posto: “elevar-se” com o Cristo, exige de nós não nos deixarmos levar pela “baixeza” da aparência, do ódio, da intolerância, da violência...
Evangelho de Jesus Cristo segundo São João Joâo 8,21-30.
- Leia o Evangelho, sem pressa. Procure saborear o que Ele diz... contemple o significado de cada palavra de Jesus ditas aos fariseus, revelando-se o Messias, o Salvador, e de como acontecerá esse Messianismo...
- Em mais uma discussão, junto ao templo, Jesus oferece aos os chefes dos Judeus nova oportunidade para serem iluminados sobre o mistério do Filho do homem (Dn 7, 13) e para acolherem a revelação da sua divindade.
- Os fariseus, os chefes do povo entendem mal Jesus e as suas palavras, se fazem resistentes ao amor de Deus, à revelação que Jesus lhes faz a respeito d’Ele e do Pai.
- Jesus os convida à fé, que eleva o olhar do homem para o alto.
- Como Ele mesmo diz, Jesus é sinal de contradição e o será, sobretudo, quando for erguido na cruz.
- Enquanto se aprofunda o abismo entre Jesus e os seus adversários, o evangelista São João termina com uma nota de esperança: ... enquanto falava, muitos acreditam n’Ele” (v. 30).
- Você acredita em Jesus, em suas Palavras? Sua vida traduz essa Verdade? Sua vida é uma vida “rasteira” ou uma vida “elevada”? O que mais predomina em você? ...
- Converse com Deus... Deixe a graça de Deus “trabalhar” em você... Deixe-se iluminar pela luz que é Deus... Acolha, com abertura, as palavras do Evangelho deste dia... Reze confiante:
Senhor Jesus,
ensina-me e ajuda-me a contemplar
o teu grande amor pelo Pai, e o grande amor do Pai por Ti,
para que o meu coração se dilate de alegria e de generosidade.
O amor do Pai por Ti manifestou-se
na plena confiança com que Te entregou ao sacrifício
que havia de salvar o mundo,
fazendo novas todas as coisas,
e mudando o nosso coração.
O teu amor pelo Pai manifestou-se
na obediência pronta e generosa com que Te dispuseste
a realizar o seu projeto salvador.
Nessa troca de amor, descubro também
o imenso amor do Pai, e o teu,
por mim e por cada um dos homens e mulheres deste mundo.
Esse amor não permitiu que fôssemos abandonados
ao horror do pecado.
Contemplando-Te na cruz,
descubro o mistério de amor incomensurável
com que fui salvo, com que todos fomos salvos.
Eu Te dou graças, de todo o coração,
pedindo que me ajudes a corresponder a esse amor.
Amém.
- Pergunte-se: Em que a Palavra de Deus hoje me ajuda a viver? Que respostas de vida, Ele me pede?
- No Evangelho, Jesus alude à salvação por meio da cruz, de que o episódio da serpente de bronze colocada sobre uma haste (Nm 21, 4-9), é um símbolo.
- A expressão que vem no Evangelho de São João, referente ao erguer de Cristo na cruz, significa algo como a sua exaltação, a sua glorificação.
- A graça que brota da cruz de Cristo, nos torna capazes de percorrer o caminho da justiça.
- Ao adorarmos a cruz, na Sexta-feira Santa, poderemos recordar algumas expressões das leituras de hoje: “Quando alguém olhava para a serpente de bronze, vivia, ficava curado” (Nm 21, 9); “Então ficareis a saber que Eu SOU” (Jo 8, 28).
- Acompanhe agora o que vou lhe dizer...
- Cristo é a vida. É "Aquele que vive' (Ap 1, 18; n. 11). A vida é a primeira realidade que São João realça no Verbo eterno de Deus: "N'Ele estava a vida ..." (Jo 1, 4)
- E porque é" vida", o Verbo é "luz dos homens' (Jo 1, 5), que nos permite ver a verdade.
- A descoberta da verdade de Cristo, e do Projeto de Deus, em Cristo, nos leva ao discipulado:
- Termine sua oração com preces espontâneas e dando graças a Deus por esse momento... louve, suplique, agradeça...
- Reze a oração do Pai-Nosso, peça a graça de crescer na intimidade com o Senhor... e, a seguir, reze a oração da CF-2025:
Ó Deus, nosso Pai,
ao contemplar o trabalho de tuas mãos, viste que tudo era muito bom!
O nosso pecado, porém, feriu a beleza de tua obra,
e hoje experimentamos suas consequências.
Por Jesus, teu Filho e nosso irmão, humildemente te pedimos:
dá-nos, nesta Quaresma, a graça do sincero arrependimento
e da conversão de nossas atitudes.
Que o teu Espírito Santo reacenda em nós a consciência da missão
que de ti recebemos: cultivar e guardar a Criação,
no cuidado e no respeito à vida.
Faz de nós, ó Deus, promotores da solidariedade e da justiça.
Enquanto peregrinos, habitamos e construímos nossa Casa Comum,
na esperança de um dia sermos acolhidos na Casa que preparaste
para nós no Céu.
Amém!
- Não esqueça, registre no seu “caderno de vida” os sentimentos despertados pelo encontro de hoje com o Senhor: alegrias, conforto, resistências, medos, libertação... novos propósitos...
Pe. Marcelo Moreira Santiago