Memória de São Luís Rei de França
Ele nasceu na França em 1214 e ali exerceu o reinado, com santidade evangélica, sobressaindo-se pelo espírito de penitência, oração e amor aos pobres e doentes. Promoveu, juntamente com o bem social, o crescimento espiritual de seus súditos na justiça e na paz. Morreu em 1270. A seu exemplo, busquemos viver virtuosamente a nossa vida, sendo, em tudo, instrumentos de Deus, empenhados em favor à sua santa vontade.
- A primeira carta aos Tessalonicenses é um testemunho essencial daquilo que fundamenta a nossa fé. Paulo encoraja, elogia, agradece; por vezes, repreende e chama à observância dos princípios fundamentais da fé em Cristo. Todo o texto está cheio da expectativa da vinda de Cristo na glória. No texto de hoje, Paulo faz uma ação de graças a Deus por essa comunidade e por poder reatar relações interrompidas com ela, quando teve de deixar a cidade por causa da reação dos judeus à sua pregação: “Damos continuamente graças a Deus por todos vós” (v. 2). O Apóstolo dá graças a Deus pelo empenho dos Tessalonicenses na fé, pelo seu compromisso na caridade, pela sua constância na esperança. São obras dos Tessalonicenses, mas, em última análise, são obra de Deus neles. Se os Tessalonicenses são generosos na vivência dessas virtudes, essa generosidade deve atribuir-se, acima de tudo, a Deus. É essa atuação de Deus, na comunidade de Tessalônica, que provoca a alegria de Paulo e a sua ação de graças. O mesmo se diga da fecundidade apostólica do seu ministério. O Apóstolo não atribui a si mesmo o êxito obtido. Atribui-o a Deus: “O nosso Evangelho não se apresentou a vós apenas como uma simples palavra, mas também com poder e com muito êxito pela ação do Espírito Santo” (v. 5), assim ele escreve. De fato, tudo é dom de Deus.
- No Evangelho, Jesus prossegue as denúncias contra os escribas e fariseus. Embora fossem representantes oficiais da religiosidade, tinham-se convertido em sério obstáculo para a fé. Por isso Ele condena agora, em tom severo, a hipocrisia religiosa dos fariseus. Os “Ai de vós”, na linguagem profética, exprimem uma ameaça de castigo e de juízo e também a dor de quem deve falar por causa do mal deplorável. O primeiro dos “Ai de vós” se dirige aos escribas e fariseus que, recusando Jesus e a sua mensagem, também impedem outros de entrar no Reino. O segundo “Ai de vós” se dirige contra o proselitismo dos judeus, que apenas visa subtrair pessoas à salvação, para as tornar fechadas, rígidas, fanáticas e perigosas como eles, e mais do que eles. O terceiro “Ai de vós” se dirige aos “guias cegos” que, com as sutilezas, obscurecem o sentido profundo da lei. Invertem a hierarquia de valores: o ouro vale mais que o templo e a oferta mais que o altar. Falta-lhes o quê? Falta-lhes o discernimento e a interioridade.
- Para refletir: Procuro viver com empenho minha fé, comprometido com a caridade e sendo firme na esperança? Reconheço que tudo é dom de Deus, ação de seu Santo Espírito em mim? Sou coerente à luz do Batismo que recebi? Tenho vivido com discernimento e interioridade a missão que Deus me confia? Em que a Palavra de Deus hoje me questiona e me anima? ...
Oração
Pai santo,
Tu não és um Deus que se limita a separar, a catalogar,
a classificar, como pretendia a religião formulada
pelos fariseus e escribas.
O dom do teu Filho Jesus Cristo
subverteu todas as suas razoáveis previsões,
porque Ele escolheu pôr-se do nosso lado,
a ponto de se fazer uma só coisa conosco,
assumindo a fraqueza da nossa carne.
É esta a novidade de vida proclamada pelos autênticos discípulos,
pelos verdadeiros missionários de Cristo.
É este o caminho para o Reino, que os “guias cegos”
queriam barrar, caminho de conversão,
que é fruto do Espírito do Ressuscitado.
Bendito és Tu, Pai, Deus vivo e verdadeiro.
A Ti o louvor, pelos séculos dos séculos.
Amém.
- Para hoje: reconhecer as maravilhas operadas por Deus, também na sua vida. “Senhor, Tu és o Deus vivo e verdadeiro” (1 Ts 1, 9).
Pe. Marcelo Moreira Santiago