O julgamento cabe a Deus porque somente Ele o exerce segundo a verdade do amor, da justiça e da misericórdia que Ele mesmo é! Das riquezas da bondade de Deus, de sua tolerância e benignidade Ele mesmo retira o critério para bem julgar. Nós, pelo contrário, fadados ao erro, sujeitos a um coração endurecido para o mal e impenitente, julgamos segundo a medida deste mesmo coração, portanto, fora da verdade.
Nosso julgamento é míope, pois não vemos com clareza a verdade e o bem, e não raras vezes somos nós mesmos o nosso próprio critério de valor e juízo. Se não nos convertermos e deixarmos de julgar, nossas obras serão contaminadas pela nossa ignorância e o bem que fizermos não será motivado pela gratuidade do amor, mas pelo interesse de autorreferenciação.
Essa autorreferenciação é que Jesus acusava nos Fariseus e nos Mestres da Lei, com os vários “ais de vós”... pois eles deixavam a justiça e o amor de Deus de lado para afirmar, apenas exteriormente, a prática da lei. Faltava-lhes senso da justiça sagrada e da misericórdia. Dessa forma colocavam pesados fardos sobre as costas dos outros, sem moverem sequer um pouco nesta carga.
Quantos de nós julgamos e insistimos em práticas que mais nos justificam do que acolhem; mais nos exaltam do que socorrem; mais nos afirmam do que incluem. Esforcemo-nos para não ouvirmos do Senhor também algum dos “ais” dirigidos aos fariseus e aos mestres da Lei.
QUESTÃO NORTEADORA: (para ser respondida mais com o coração e a vida do que com a razão e o pensamento)
ORAÇÃO DO MÊS DE OUTUBRO: Ó Deus, que pelo vosso Espírito sondais as profundezas de nosso coração e de nossas intenções, fazei que, evitando o julgamento, encontremos alegria em acolher e servir, por Cristo Senhor Nosso, amém.
Diác. Robson Adriano