Existe uma verdade da qual não é possível fugir, embora inúmeros tentem: se Cristo foi perseguido e humilhado, maltratado e desprezado, e se ele próprio nos disse que haveriam de perseguir os seus por causa de sua Palavra e de seu Reino, é inevitável que os cristãos, seguidores deste Cristo, também não sejam perseguidos. Os primeiros cristãos enfrentaram isso na carne, e não sem razão praticamente todos os Apóstolos foram martirizados. Mas não abandonaram a fé e o testemunho daquilo que acreditavam e testemunharam: o mesmo que sofreu e morreu, ressuscitou como disse.
Esse testemunho da verdade diante dos sofrimentos, perseguições e a possibilidade da morte só se mantém sob o influxo da sabedoria do Espírito Santo que capacita o fiel a permanecer firme em seu testemunho, mantendo o rosto como o rosto de um anjo, ou seja, estando em paz. Não da paz que o mundo dá, mas da paz que o Cristo nos dispensa e que insistiu em confirmar todas as vezes que, ressuscitado, aparecia aos seus: eu vos dou a paz!
Nestas condições confirmamos para o Senhor nosso desejo: “afastai de mim o caminho da mentira, (...) pois escolhi seguir a trilha da verdade.”
E para nós cristãos, a trilha da verdade, ou o caminho da verdade é o próprio Cristo a quem devemos crer e aceitar a mensagem. O Senhor nunca prometeu uma vida fácil a ninguém e muito menos que o seu Reino se resumisse a pão e água, mas principalmente na vivência do amor e na justiça do reino. A multidão procurava Jesus porque nele o pão estaria garantido, mas aqui o pão material. Ignoraram os sinais para terem o estômago cheio.
Quantas vezes nos aproximamos de Jesus para uma satisfação pessoal e não percebemos que o Reino é sinal de contradição neste mundo? Ser cristão é ser de Cristo, e ser de Cristo é não ser deste mundo e por isso mesmo um esforço para evitarmos a lógica dele para afirmarmos a lógica do Reino.
QUESTÕES NORTEADORAS: (para serem respondidas mais com o coração e a vida do que com a razão e o pensamento)
ORAÇÃO: Ó Deus, o vosso povo sempre exulte pela sua renovação espiritual. Alegrando-se com a restituição da glória da adoção divina, possa, com firme e grata esperança, aguardar o dia da ressurreição. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém.
Diác. Robson Adriano