O Deus no qual cremos e ao qual nos rendemos, por força do testemunho de seu Filho que nos revelou quem Ele é, nos comprovou: Deus é amor e verdade! Sendo amor, sua obra é o bem; sendo verdade, sua luz é quem nos conduz. Que luz é esta? A luz do Espírito Santo que nos foi dado, e que nos faz compreender exatamente quem é Jesus e qual a sua obra no meio de nós. Para onde nos conduz? Aqui neste mundo, para a intimidade com o Pai. Para o outro, a comunhão beatífica, a felicidade dos justos que souberam em quem depositaram sua confiança, e procuraram amar como filhos e filhas do Deus de toda consolação.
Essa intimidade com o Pai, nós a conseguimos na intimidade com o Filho, o Senhor Jesus. Por isso o Senhor disse aos seus discípulos que quem acolhe seus mandamentos e os observa, demonstra amá-lo, e quem o ama será amado por Deus Pai, o Senhor Jesus o amará e se manifestará a ele. Como? Concedendo-nos a graça de vivermos autenticamente as virtudes cristãs, fazendo o bem, vivendo a e na verdade, e permitindo que seu coração, sua casa, sua família, sua comunidade a Igreja... sejam morada de Deus. Seremos habitados pela Trindade!
Dessa habitação de Deus em nós, emergirá um olhar (como o olhar do coxo paralítico na primeira leitura), um falar, um ouvir, um tocar, um jeito de ser que revelará a verdadeira fé capaz de nos curar do único mal que nos pode separar de Deus: o pecado. Nossas pernas não serão mais coxas, e, num salto, começaremos a andar, a correr, na direção do Reino de Deus instaurado por seu filho; correremos para a santidade... pois o céu tem pressa, como nos ensinou Carlo Acutis.
Um olhar sem a cura que o Senhor proporciona, gera ídolos de incompreensão e desprezo, de esquiva e indiferença; um falar sem a cura que o Senhor proporciona, gera ídolos de imposição e juízo de valor equivocado, maldizendo, ao invés de bendizer; um ouvir sem a mesma cura da graça em Cristo, produz ídolos do fechamento e falta da empatia, pois somente nós estaremos certos; um tocar, sem a graça benfazeja do Senhor, torna-se violento, machuca, apedreja, produz o mal e não o bem, o afago, o carinho.
Paulo é claro: precisamos abandonar todos estes ídolos e nos convertermos ao Deus vivo, criador do céu e da terra e de tudo o que nela existe; criador do coração humano que foi feito para adorá-lo em espírito e verdade, quando forjado pelo coração do Mestre que é manso e humilde, bom e justo.
Em Cristo, curados, nossos olhos veem, segundo o coração de Deus, a beleza de suas criaturas; nossa fala proclama a grandeza do Senhor e a bênção que dele nos vem; nossos ouvidos se põe a serviço da acolhida da dor do outro e do respeito pelas suas misérias, pois somos feitos do mesmo pó e barro; nossas mãos edificarão o bem, e nos baraços se envolverão em abraços de encorajamento e pacificação. Nosso jeito será o de homens e mulheres conquistados pelo amor de Deus, curados pela sua graça, e movidos pelo seu Espírito... até completarmos nossa carreira, guardando a fé e combatendo todos os dias o bom combate.
QUESTÕES NORTEADORAS: (para serem respondidas mais com o coração e a vida do que com a razão e o pensamento)
ORAÇÃO: Ó Deus, pelo amor do vosso Filho que nos ensinou a amar na mesma medida da cruz, fazei-nos sempre dóceis à tua vontade a fim de sermos sempre vosso povo. Amém.
Diác. Robson Adriano