Insistentemente o Senhor ressuscitado deseja a paz! E ele é claro, no-la dá, não como dá o mundo (à força de guerra), mas conquistando-nos pelo amor que se sacrifica para dar vida a quem amamos. E embora tal paz, forjada na têmpera do sacrifício, nos assuste por vezes, o ressuscitado também nos conforta: não se perturbe nem se intimide o vosso coração.
São Paulo, em suas andanças missionárias, enfrentando perseguições que quase beiravam o homicídio religioso, como vimos na primeira leitura de hoje, não cansava de exortar aos que se convertiam: é preciso que passemos por muitos sofrimentos para entrar no Reino de Deus. Isso não deveria nos assustar uma vez que somos seguidores daquele que morreu numa cruz! Se perseguiram e mataram assim o Senhor, o que esperariam seus discípulos?
Mas não se deve perturbar nem intimidar nosso coração porque quem nele habita, o Santo Espírito, sendo ternura de Deus, tem toda condição, se o permitirmos, de acalentar-nos e acalmar-nos, ainda que precisemos, também nós, a exemplo do Cristo, passar pelos hortos da Oliveira. Não se deve igualmente intimidar nosso coração porque a intimidação vem acompanhada do medo que se impõe à força, sem liberdade e, muitas vezes a coação. Não!
Deus é amor, e o único temor que devemos cultivar no coração é zelo por Ele e por seu Reino. Permaneçamos firmes na fé.
QUESTÕES NORTEADORAS: (para serem respondidas mais com o coração e a vida do que com a razão e o pensamento)
ORAÇÃO: Ó Deus, pelo amor do vosso Filho que nos ensinou a amar na mesma medida da cruz, fazei-nos sempre dóceis à tua vontade a fim de sermos sempre vosso povo e amá-lo como convém. Amém.
Diác. Robson Adriano