O episódio da primeira leitura de hoje situa-se no contexto da saída do Egito. Trata-se de um processo longo e desafiador, afinal de contas, a conquista da liberdade é o fruto da caminhada de toda uma vida.
Mas, mesmo no caminho da libertação, o povo começa a murmurar reclamando da sua situação. A tendência humana é de estar insatisfeito, queremos sempre mais.
Deus não é desatento, ao contrário, Ele sempre nos oferece condições de seguirmos nossa vida. Por isso, Ele escuta o clamor do povo e envia do céu sua ajuda. O maná é um grande exemplo dessa providência divina na história do povo.
No Evangelho de hoje, acompanhamos Jesus que ensina o povo. A multidão é esta que também tem fome de uma palavra que os ajude e console. Assim, o Senhor usa o método de uma parábola para fazer as pessoas refletirem. Mas essa maneira de falar esconde o verdadeiro significado àqueles que não estão em sintonia com o amor de Deus e esclarece àqueles que são discípulos fiéis.
Desta vez, ouvimos a parábola do semeador que semeia em vários tipos de terreno. O próprio Cristo vai explicar aos discípulos o significado disso.
É preciso recordar, mesmo que rapidamente, que a semente é a Palavra de Deus, Deus é o semeador, cada tipo de terreno é o coração daquele que recebe a Palavra. Os primeiros estão distraídos e o inimigo rouba a semente. Alguns são de momento, instáveis e não conseguem deixar a semente germinar. Outros deixam as preocupações do mundo sufocarem a semente. Mas existem aqueles que acolhem a Palavra e ela frutifica em abundância.
Para refletir: Tenho tido a capacidade de agradecer a providência divina em minha vida, ou deixo as reclamações e insatisfações serem mais fortes? Qual terreno tenho sido para acolher a Palavra de Deus?
Pe. Thiago José Gomes