Memória de Santa Dulce dos Pobres
Ela nasceu em Salvador, na Bahia, em 26 de maio de 1914 e ali faleceu em 13 de março de 1992. Era de uma família cristã de profunda piedade e dedicada caridade. Desde criança cultivou grande bondade para com os pobres e desvalidos. Ingressou na vida religiosa na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, onde foi professora e auxiliar dos enfermos. Fundou a Obra Social Irmã Dulce e o Hospital Santo Antônio para cuidar dos aflitos e miseráveis. Foi canonizada pelo Papa Francisco aos 13 de outubro de 2019. Seu exemplo e intercessão nos ajude a viver e testemunhar a fé no exercício da compaixão e da caridade cristã.
- Na primeira leitura, temos o relato da morte de Moisés. Com ele, termina o Pentateuco, em que Moisés é grande protagonista. O Senhor toma a palavra para apresentar a terra, prova da sua fidelidade, a Moisés e ao povo, recordando, igualmente, dos patriarcas que receberam a promessa: Abraão, Isaac, Jacob... Deus é fiel às suas promessas. Depois, acontece a morte e a sepultura de Moisés, “servo do Senhor”. Este título lhe fica bem, porque Moisés foi eleito para executar os desígnios de Deus e ele se entregou completamente a essa missão. A narrativa conclui com um elogio típico dos homens que deixaram marcas na história, mas com as características únicas de Moisés: “com quem o Senhor falava face a face” (v. 10). Ele é o homem dos sinais e prodígios, o homem do êxodo, da páscoa, da libertação e da liberdade. A sua memória fica unida à dos antigos patriarcas. O Deus de Abraão, de Isaac e de Jacob é também o Deus de Moisés. A fidelidade de Moisés e a prontidão em fazer-se instrumento de Deus em favor do seu povo, nos inspira hoje em dizer sempre sim a Deus, em nossa vida e missão.
- No Evangelho, a questão central é como deve a comunidade cristã comportar-se perante o pecado e o escândalo (18, 3-11), e perante o pecador? Mateus já convidou à misericórdia, ao contar a parábola da ovelha perdida. Agora, apresenta um itinerário que leva ao perdão: aproximar do pecador, a sós (v. 15); repreendê-lo diante de duas ou três testemunhas (v. 16); interpelá-lo na assembleia (v. 17). Desse modo, Jesus confere aos seus discípulos um poder especial para realizar esta pedagogia (v. 18). O irmão só pode ser condenado quando teimar permanecer no mal, recusando a conversão e o perdão (vv. 15-17). Nesse caso, Deus ratifica o agir da Igreja. A correção fraterna deve ser realizada com extrema delicadeza e espírito fraterno, num ambiente de união e de oração, que garante a presença do Ressuscitado.
- Para refletir: Faço-me instrumento de Deus, agindo com fidelidade e em espírito de serviço? Tenho prontidão em dizer sim a Deus diante do chamado e da missão que ele me confere? Pratico a correção fraterna? Interesso-me em ajudar as pessoas em suas necessidades e limitações?
Oração
Obrigado, Senhor,
por teres ficado na tua Igreja.
Como é bom viver na tua casa
e receber a ajuda dos irmãos e irmãs para caminhar na tua presença,
e a graça da correção fraterna, quando caímos no erro.
A tua Igreja é, na verdade, antecipação da vida celeste,
uma terra prometida, que como Moisés, no monte Nebo,
e mais do que ele, Tu mesmo nos mostras
e nos fazes saborear.
Que reine entre nós sempre o amor fraterno,
e que a tua graça jamais nos falte.
Amém.
Pe. Marcelo Moreira Santiago