São Bernardo nasceu em 1.090, na França e recebeu piedosa educação. Admitido, no ano de 1.111, entre os monges cistercienses, foi eleito, pouco tempo depois, abade do Mosteiro de Claraval. Com a sua atividade e exemplo exerceu uma notável influência na formação espiritual dos seus irmãos religiosos. Por causas dos cismas que ameaçavam a Igreja, percorreu a Europa para restabelecer a paz e a unidade. Escreveu muitas obras de teologia e ascética. Morreu em 1153. A recordação de sua memória, nos ajude a buscar a unidade e a comunhão, na fidelidade à Jesus Cristo e à sua Igreja e a guardar uma profunda devoção a Maria, a Mãe de Jesus e Mãe da Igreja.
- A primeira leitura, do livro dos Juízes, destaca a escolha de um rei indigno e as consequências da ambição e da violência. A parábola das árvores que buscam um rei revela a preferência do povo por um governante que oferece segurança (o espinheiro) em detrimento daqueles que trazem frutos (a oliveira, a figueira e a videira). Isso aponta para a tendência humana de buscar poder e domínio, mesmo que isso leve à opressão. A história de Abimeleque, que se torna rei após matar seus irmãos, ilustra as consequências trágicas da ambição e da violência, culminando em sua própria morte pela mão de uma mulher. A parábola questiona a busca por liderança que não se baseia no serviço e na busca do bem comum e nos convida a refletir sobre a natureza da liderança, a importância de escolher líderes que buscam o bem comum e as consequências da ambição e da violência. Lida, na perspectiva teológica, a história de Abimeleque nos lembra que a busca pelo poder a qualquer custo leva à ruína e que Deus age para frustrar os planos dos opressores.
- O Evangelho enfatiza a graça e misericórdia de Deus, destacando que a salvação é um dom gratuito e não um prêmio conquistado por mérito. A parábola dos trabalhadores da vinha ilustra que Deus chama a todos para o seu Reino, independentemente do tempo de serviço, e que a recompensa é a mesma para todos, enfatizando a igualdade na graça divina e a importância de não julgar o tempo de conversão do próximo. Ela revela um Deus que age com misericórdia e graça, não com base em critérios de justiça humana, mas sim com base em seu amor e bondade. Mostra também que a salvação está disponível a todos, mesmo àqueles que se convertem no último instante, reforçando a ideia de que nunca é tarde para buscar a Deus. Inverte assim os valores terrenos, mostrando que os últimos podem ser os primeiros no Reino de Deus e que a justiça divina não se baseia em critérios humanos.
- Para refletir: Em que se baseiam as minhas escolhas na ambição e na violência, ou na alegria em servir? Sou atento, à luz da fé, em trabalhar pela defesa da vida, da dignidade do ser humano e da promoção do bem comum? Empenho-me em buscar a “justiça do alto” ou a vivo apenas com critérios humanos? Tenho aceito o convite de Deus para trabalhar na sua vinha? Em que a Palavra de Deus hoje me anima e me questiona?
Oração
Senhor Jesus,
a parábola dos trabalhadores da vinha nos ensina sobre
a tua justiça e misericórdia.
Assim como o dono da vinha chamou trabalhadores
em diferentes momentos do dia,
tu nos chamas a cada um de nós,
em momentos distintos da nossa vida.
Agradecemos por não desistires de nos chamar,
mesmo quando nos afastamos ou hesitamos
em aceitar o teu convite.
Agradecemos por igualares a recompensa,
mostrando que a salvação não é mérito humano,
mas dom da tua graça.
Pedimos a graça de não invejar a recompensa
daqueles que chegaram depois,
mas de nos alegrarmos com a tua bondade
e generosidade para todos.
Que possamos reconhecer que a tua vinha acolhe a todos,
e que a tua justiça é a justiça do amor,
que não exclui, mas abraça.
Que a tua graça nos faça trabalhar, com alegria,
na tua obra, sem nos compararmos uns com os outros,
mas buscando a unidade e o amor fraterno.
Que a nossa oração seja um eco do teu chamado,
um convite a todos para se juntarem a nós
na tua vinha.
Amém.
- Para hoje: pedir a Deus a graça de não se tomar pelo vírus da inveja. “... Ou estás com inveja porque estou sendo bom?” (v.15)
Pe. Marcelo Moreira Santiago