A ideia do fim dos tempos esteve sempre presente nos círculos de debate das ciências, das religiões e do imaginário das pessoas. No tempo de Jesus este tema era recorrente, eles também pensavam no fim dos tempos, mas com a característica da presença do Filho do Homem que está na cabeça deste dia, com sua chegada como juiz dos tempos.
Quando os fariseus expressam sua dúvida a Jesus, eles estavam apenas dizendo sobre um conteúdo comum, porém inquietante de sua fé, contudo, a resposta de Jesus não lhes oferece uma data certa e definitiva: o Reino de Deus não virá ostensivamente, isto é, não virá com estardalhaço, “chamando a atenção”, ele acontecerá de modo silencioso e simples, porque está, já, no meio de nós, acontecendo no hoje, agora, em cada ação humana de bondade, misericórdia, compaixão e justiça.
O Filho do Homem quando vier, virá em sua liberdade e não forçado pelos cálculos sobre sua vinda, disto, não se deve correr atrás de fantasias e, tão pouco, ficar preso às especulações, ao contrário, os sinais do Reino acontecendo no meio do povo santo, não serão as tragédias ou surtos pandêmicos, será o amor refazendo e reconstruindo a humanidade inteira.
E quanto à expressão “o Filho do Homem irá sofrer muito”? Olhemos os irmãos e irmãs à nossa volta que sofrem suas dores no cotidiano, crucificados com Jesus, neles se manifesta o sofrimento do Servo Sofredor e sua rejeição e será ali, em suas dores e limites da própria humanidade que se deverá constituir o Reino de Deus no meio da humanidade. Se Jesus é Deus conosco, devemos compreender que o Reino de Deus acontecerá de mãos dadas com o Cristo, Nele somos ungidos na mesma missão enquanto seus discípulos, operários, construtores deste Reino de Deus. Sigamos firmes neste bom propósito!
Deus abençoe nossas vidas.
Coragem!
Pe, Jean Lúcio de Souza