Abrimos 2025, celebrando, com toda a Igreja, o Ano Santo Jubilar. Somos convocados pelo Papa Francisco a viver intensamente esse ano à luz do tema: “Peregrinos da esperança”.
Esta virtude teologal da esperança se personifica em Jesus. Ele é a nossa esperança, que não nos confunde, não nos decepciona. Alicerçados n’Ele queremos renovarmo-nos na Esperança e ser, em seu nome, sinais de esperança para tantos de nossos irmãos e irmãs, desesperançados, desanimados diante das durezas da vida, sobretudo em tempos tão plurais e complexos, como aos dias de hoje.
Somos chamados a nos valer, de modo especial, da misericórdia divina, para fazer um caminho de conversão de vida; a caminhar em peregrinação, não só geograficamente, mas sobretudo, numa peregrinação existencial para refazer a própria vida e buscar, com passos céleres e largos, o caminho da santidade de vida.
Exortados, igualmente, a intensificar a vida orante e sacramental e adentrar pela “porta” que é Jesus Cristo, renovando nossa decisão de segui-lo e de nos deixar guiar por Ele.
Esse tempo do Jubileu, rico das indulgências e da misericórdia de Deus, é um convite a todos nós para exercermos a caridade, atentos às obras de misericórdia temporais e espirituais, testemunhando o amor a Deus em gestos concretos de atenção e cuidado com todos, especialmente para com os doentes, idosos, jovens, migrantes e pessoas mais empobrecidas.
Nossas comunidades vão se organizando, em seu dinamismo pastoral, para fazer desse ano, um ano especial da graça de Deus, seguindo as orientações emanadas pela Igreja, através da bula “Spes non Confundit” (A esperança não confunde), do Papa Francisco em 9 de maio de 2024.
O Jubileu há de ser um Ano Santo caraterizado pela esperança que não conhece ocaso, a esperança em Deus. Que esse tempo possa nos ajudar a reencontrar a confiança necessária, na certeza do amor incondicional de Deus por todos nós, fazendo-nos instrumentos seus na promoção da dignidade de cada pessoa e no respeito pela criação, também em vista da sociedade do bem viver, fazendo-nos caminhar, pressurosos para a Jerusalém celeste.
“Que o nosso testemunho de fé seja fermento de esperança genuína no mundo, anúncio de novos céus e nova terra (2 Pd 3, 13), onde habite a justiça e a harmonia entre os povos, visando a realização da promessa do Senhor."
Exorto nossa família paroquial a dizer SIM a esta convocação, em unidade e comunhão eclesial, agindo com criatividade, a partir de nossos grupos eclesiais e comunidades, para que o Ano Santo seja frutuoso em nossa vida cristã, em nossas famílias e comunidades, alimentando, também em nós, o compromisso de ser, no mundo, fermento, sal e luz.
Pe. Marcelo Moreira Santiago