A liturgia da Palavra de hoje inicia-se com um texto bem conhecido do Antigo Testamento: a escada de Jacó. E, no Evangelho, vemos Jesus curando a filha de um dos chefes do povo de Deus.
É preciso relembrar que Deus fez uma promessa a Abraão e para toda sua descendência. Estes que continuaram sua missão são chamados de patriarcas. Jacó recebeu sua missão de seu pai Isaac no episódio no qual ele praticamente a rouba de seu irmão gêmeo. Independente da maneira diferente que tenha sido, a bênção foi dada e ele precisava seguir como líder do povo. A partir daí que podemos entender o episódio de hoje.
A mensagem foi revelada através de um sonho, como em tantas outras ocasiões na Bíblia. Deus fala, então, da terra prometida ao povo e que nunca o abandonará. Ele dá a garantia de sua presença através da história.
Em resposta a esta promessa, Jacó se compromete em seguir a Deus, esta é a resposta que cabe ao homem. Também nós somos convidados a sermos fiéis ao Senhor e a perceber que este encontro com Ele nos marca profundamente.
Jesus é verdadeiramente esta espécie de “escada” que une o céu e a terra. Ele é o pontífice, aquele quem com sua luz “une de novo o céu e a terra inteira”, conforme cantamos na proclamação da Páscoa na Vigília Pascal.
No texto de Mateus que lemos hoje, as curas que Jesus realiza demonstram que Ele nos dá uma vida nova, nos reconecta com Deus. O toque de fé daquela mulher que apenas toca a ponta do manto é capaz de curar. Somente a presença do mestre em nosso meio já e a certeza de que podemos resgatar nossa saúde e dignidade.
Além da mulher que foi curada, a menina, filha de um dos chefes do povo, também é transformada pela ação de Jesus. Assim como o povo que estava ali naquele momento, muitas vezes, também nós não confiamos nas palavras de esperança e vida. Preferimos apenas ver os sinais de morte. O convite é para que sempre acolhamos o Filho de Deus como nosso salvador e libertador.
Para refletir: Realmente tenho confiado nas promessas do Senhor? Como tem sido meu compromisso com Deus? Tenho fé na palavra e na pessoa de Jesus?
Pe. Thiago José Gomes