Hoje celebramos a primeira brasileira a ser canonizada. Embora ela tenha nascido na Itália, desde jovem chegou ao Brasil e durante toda sua vida demonstrou que a verdadeira pátria nossa é a celeste e onde estivermos, devemos construir o céu.
O exemplo de Santa Paulina sempre foi de dedicação e serviço aos mais pobres e sofredores. Foi também uma pessoa de muitas iniciativas seja desde pequena na criação de uma pequena casa para oração e cuidado dos mais pobres, seja na fundação da congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição.
A liturgia da Palavra deste dia apresenta a reviravolta da saga de José do Egito e o início do novo povo de Deus com o chamado dos doze apóstolos.
Sabemos que as consequências de nossos atos sempre virão. Sobretudo tudo o que fazemos contra nossos irmãos, toda exclusão e maldade vão marcar nossa consciência para sempre. É isso que os irmãos de José sempre vão pensar diante de suas derrotas e problemas.
O interessante dessa história é que há uma reviravolta. Aquele que tinha sido excluído tem diante de si sua família que não o reconhece mais. Ele poderia querer se vingar naquele instante, mas ele sabe aguardar o momento certo para se apresentar.
A história da salvação é construída por pessoas concretas que são escolhidas pelo Senhor. Além de José que será instrumento de salvação para o povo de Israel, os apóstolos são escolhidos para esta nova e nobre missão de serem os novos instrumentos para o novo povo de Deus.
Através do Evangelho, acolhemos a escolha dos doze apóstolos de Jesus e sua missão como o grande marco para a salvação definitiva. Seus nomes representam suas histórias pessoais e demonstram que as escolhas de instrumentos tão frágeis é a certeza de que todos podemos colaborar também nela.
Na verdade, todos nós, em todos os sacramentos, somos igualmente chamados pelo nome (desde o batismo no qual se pergunta o nome aos pais da criança, até o que receberá a unção com seu nome pronunciado na fórmula sacramental). Isto deve recordar em nós que somos também continuadores da missão da Igreja de sermos instrumentos da salvação através de nossas frágeis vidas.
Para refletir: Sei esperar o tempo certo para dar minha contribuição ou me apresso e deixo os sentimentos falarem mais alto? Como posso ser instrumento de salvação através de minhas ações como Igreja?
Pe. Thiago José Gomes