Santo Alberto Magno nasceu na região da Baviera, na Alemanha, no ano 1206. Fez seus estudos em Pádua e em Paris. Entrou para a Ordem dos Pregadores e exerceu o magistério em vários lugares com grande sabedoria e competência. Ordenado bispo, pôs todo o seu empenho em estabelecer a paz entre povos e cidades. É autor de muitas e importantes obras, tanto de ciências sagradas como naturais. Morreu em Colônia, na Alemanha, em 1280. A seu exemplo, coloquemos os dons a serviço da evangelização.
- Na primeira leitura, o autor do livro da Sabedoria, percorrendo a história de Israel, vê nela a obra da Sabedoria, que atua em conformidade com a vontade de Deus. Hoje, ele considera particularmente os acontecimentos do Êxodo. Começa por narrar a morte dos primogênitos dos egípcios, atribuída a Deus pela mão do anjo exterminador. Este sinal abre caminho à saída de Israel do Egito. Menciona-se particularmente o tempo, meia-noite, em que esse sinal foi dado (v. 14; Ex 11, 4.12.29). A Sabedoria, aqui, é identificada com a palavra eficaz de Deus (Is 11, 4; 55, 11). Nos versículos 6-9, do capítulo 19, a atenção se centra na passagem do mar vermelho. O Êxodo é visto como uma nova criação, onde ao “espírito” que “pairava sobre as águas” do caos primordial (Gn 1, 2), corresponde a “nuvem” que acompanha Israel no seu caminho (Nm 9, 15ss.) e lhe torna fecunda como “sombra” (Lc 1, 35) as etapas. E aparece a “terra enxuta”, a “planície verdejante” e a “estrada livre” para aqueles que Deus protege com a sua mão (Ex 14, 21s; Gn 1, 9-12). Em conclusão: a natureza traz as marcas de Deus que a criou, e toda a história está assinalada por elas: “Em tudo, Senhor, Tu engrandeceste e glorificaste o teu povo e não deixaste de o assistir em todo o tempo e lugar.”, escreve o nosso autor no fim do seu livro (Sb 19, 22).
- No Evangelho, Jesus nos conta uma parábola. Ela, por um lado, alerta para a necessidade de perseverar na oração; por outro, lembra o ensinamento de Jesus sobre a certeza do seu regresso e sobre a gravidade do juízo que há pronunciar sobre aqueles que não seguem a justiça. Devemos notar a interrogação de Jesus no v. 7: “E Deus não fará justiça aos seus eleitos, que a Ele clamam dia e noite, e há de fazê-los esperar?” Pensando em Deus, este “fazer justiça” tem a ver com a sua fidelidade às promessas e, portanto, com a sua vontade de perdão e de salvação. “Há de fazê-los esperar?” (v. 7b). Esta pergunta também ilumina a nossa busca. Deus, de fato, de acordo com o ensinamento bíblico, não é apenas justo, mas também paciente e bom. Manifesta o seu amor não só ao ouvir as nossas orações, mas também ao estabelecer os tempos e os modos em que irá intervir. Este comportamento de Deus causa um certo escândalo, porque Ele espera, talvez demasiado tempo, antes de fazer justiça. Esta paciência de Deus, por vezes, torna impacientes os que nele se confiam. “Eu vos digo que lhes vai fazer justiça prontamente” (v. 8ª). Está aqui o fim da parábola. É deste modo que Jesus pretende confirmar a nossa fé em Deus-Pai, que contrariamente às nossas incertezas e crises, toma conta de todos aqueles que, na pobreza, o escolhem como único Senhor.
- Para refletir: Busco a sabedoria, atento aos sinais de vida em minha vida e na acolhida e vivência de sua Palavra? Reconheço as maravilhas de Deus operadas na história da salvação em favor de seu povo? Sou perseverante na Oração? Reconheço que Deus é paciente e misericordioso também para comigo? Acolho, em minha vida, a Jesus como meu único Senhor?
Oração
Senhor,
Ensina-me a descobrir os tuas pegadas
nos caminhos nublados,
lamacentos e tortuosos da humanidade.
Deus da história, aumenta em mim a fé!
Faz-me simples e puro,
para que eu não tema te reconhecer
naqueles com quem me cruzo no dia a dia;
para que eu consiga te descobrir como rocha segura,
no meio dos ventos e das marés da vida;
para que eu possa te ver como luz radiante,
que ilumina as minhas trevas no caminho
da vida eterna.
Amém.
- Compromisso, à luz da fé: “Fazei o que Ele vos disser” (Jo 2, 5).
Pe. Marcelo Moreira Santiago